A velhice é ficção, coisa da imaginação
Noventa e quatro anos uma contagem apenas, manias de civilização.
Desengana-nos a tia Rosário de tão orgulhosa demonstração,
Se a barra amarela da casa foi pintada por sua mão.
Noventa e quatro anos uma contagem apenas, manias de civilização.
Desengana-nos a tia Rosário de tão orgulhosa demonstração,
Se a barra amarela da casa foi pintada por sua mão.
De tão imediata desconstrução, a Kafka busquei a razão:
«Quem possui a faculdade de ver a beleza, não envelhece».
Quebra-se a rima, pois então.
Mas não é assim, desta maneira, que a vida nos acontece?
«Quem possui a faculdade de ver a beleza, não envelhece».
Quebra-se a rima, pois então.
Mas não é assim, desta maneira, que a vida nos acontece?
FC/Setembro2015